Transtorno de Pânico

O transtorno de pânico é uma doença de caráter crônico e caracteriza-se por ataques repentinos de ansiedade, acompanhado de vários sintomas físicos como: vertigem, taquicardia, suor excessivo, dispnéia, mãos frias, calafrios, dor no peito, desrealização, despersonalização, sensação de desmaio e outros sintomas. As pessoas acreditam que estão passando mal e que podem morrer, perder o controle e/ou enlouquecer.
As crises geralmente começam de forma gradual. E junto com as crises vem a preocupação e o medo de ter um novo ataque de pânico, que faz com que o indivíduo recorra a comportamentos de evitação e/ou fuga que invariavelmente limitam a mobilidade e autonomia de uma forma geral. A vida pessoal, profissional e afetiva passa a ser gravemente comprometida, pois já não conseguem sair, passar por certos lugares, usar transportes públicos, fazer compras, ir a bancos, etc. A pessoa acredita que, se algo acontecer em uma dessas situações, não poderão se salvar e então é melhor evitá-las.
Com relação a um possível início, pesquisas mostram que o transtorno de pânico tende a se manifestar no final da adolescência e início da idade adulta. Alguns autores falam de dois períodos críticos para o desenvolvimento deste transtorno, um em torno do início da idade adulta e outro período em torno da meia-idade.
Como possíveis causas, estudos sugerem que os ataques de pânico derivam de interpretações catastróficas sobre algumas manifestações corporais. A interpretação de perigo frente a um determinado sintoma (taquicardia, vertigem ou sudorese, por exemplo), dispararia ou aumentaria as sensações corporais, confirmando assim, o "perigo", gerando mais interpretações catastróficas e mais ansiedade.
Outras pesquisas mostram que situações estressantes e traumáticas também podem desencadear o primeiro ataque de pânico. Eventos de vida negativos, perda ou doença grave de um ente querido, separações traumáticas e/ou repentinas podem ser situações precipitadoras de pânico. Mas, como nem todas as pessoas que vivem tais acontecimentos apresentam pânico, é importante investigar mais profundamente a história de vida dessa pessoa, fatores de personalidade (passividade, dependência, etc), padrões de funcionamento frente à vida e crenças a respeito de si e do mundo.
Atualmente, com os diversos avanços das pesquisas na área, a combinação de psicofármacos e Terapia Cognitivo-Comportamental vem se mostrando como a mais eficiente no tratamento do transtorno do pânico. Estudos comprovam que a TCC pode modificar o curso da doença, não só aumentando o intervalo entre as crises, mas também trabalhando as causas do pânico, o controle dos sintomas ansiosos e prevenindo possíveis recaídas.

Geani Marina Hostins
Psicóloga
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